Isaltina Galdéria teve a infelicidade de nascer pobre em Sinédrio, nos confins da Babilónia.
Era filha de Quitéria e pai que nunca conheceu.
A sua pobreza escondia uma moça bonita de cabelos pretos, olhos verdes, seios fartos e arrebitados, ancas largas e grossas coxas. Era esbelta.!
Educada pela pobre mãe no catolicismo, desde cedo aprendeu a doutrina católica e os bons costumes.
Raramente perdia a missa dominical.Todos os dias rezava e pedia a Deus para que tudo na vida lhe corresse bem. Era devota de São Benedito, o santo das causas perdidas.
A sua devoção e dedicação à igreja não foi esquecida por Radi, o pároco da pequena vila.
Em pouco tempo, Isaltina Galdéria já limpava, esfregava e encerava o templo que ela tão bem conhecia. Quitéria, sua mãe, era alegria pura ao ver a sua filha a cuidar da casa de Deus. Riad, o padre, acompanhava de perto todos os movimentos de Isaltina. Já apaixonado, esquecia juramentos, promessas e breviários. Começava a pensar numa vida a dois com Isaltina. Porém, a sua condição de padre obrigava-o a remeter-se ao silêncio que se tornava um suplício.Numa tarde de domingo primaveril, Isaltina varria a sacristia. De repente e sem perceber, Riad apareceu. A estas horas também a pobre moça, recolhia uma paixão mórbida por Riad. A conversa rolou e até surgir o primeiro beijo não demorou muito. Beijaram-se, abraçaram-se e Riad pôde, realmente, sentir os prazeres da carne.Os votos de castidade de Riad esvaíram-se no escultural corpo de Isaltina. Em segredo - não podia ser doutro jeito - este romance seguiu cada vez mais apaixonante. Riad já esquecera tudo que aprendera e fazia pela igreja. Agora, vivia para Isaltina Galdéria. Certo domingo e porque o padre estava muito atrasado para a missa dominical, chegou a notícia da fuga de Riad e Isaltina Galdéria. Foram felizes para sempre.!
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